Como sabemos, todos os Caminhos vão dar a... Bem, neste caso, a Santiago de Compostela.
Mas nem todos tinham o seu início definido. Era o caso do caminho português; até agora.
Segundo o Diário de Pontevedra, de 8 de Maio, a partir do Verão esta situação vai alterar-se. À semelhança do Caminho francês, que tinha na Real Colegiata de Santa María de Roncesvalles o seu início oficial e onde era dada a bênção aos peregrinos, o Caminho português vai ter, a partir de agora, o seu início oficial na Igreja de Santiago em Lisboa, onde também serão abençoados os que assim pretenderem. A igreja vai ter ainda um balcão de apoio aos peregrinos.
Portanto, o caminho conta agora com 600 km, distância entre a Igreja em questão e a catedral de Santiago de Compostela. Um caminho que está a ganhar mais adeptos, inclusive de outras nacionalidades.
Este ano, aquando da minha estada no albergue de Pontevedra, tive oportunidade de trocar impressões com Tino Lores, presidente da associação Amigos do camiño português que, já na altura, mencionou o aumento de peregrinos no caminho português.
Em declarações ao Diário de Pontevedra, Tino Lores coloca a hipótese de ter sido demasiado cauteloso no seu prognóstico de que 30.000 peregrinos passarão este ano pela cidade de Pontevedra.
Estes números levantam outras questões:
Estaremos perante um género de turismo religioso? Não terão sido, as peregrinações, a primeira forma de turismo que existiu? Dada a conjectura económica actual do país, não deveríamos olhar para o caminho português a Santiago de Compostela como uma forma de dinamizar certos aglomerados?
É um assunto a discutir num outro post.
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