28 maio 2013

Restaurante Porto - Conga | Casa das bifanas

Para quem é do Porto, ou o visita frequentemente, o restaurante Conga dispensa apresentações.
No entanto, alguns desses talvez desconheçam que foi inaugurado, no início do ano, um novo espaço logo ao lado do original.
De acordo com Sérgio Oliveira, gerente do restaurante, mantém-se a tradição da comida num espaço que vai de encontro com a reabilitação da baixa da cidade: não querendo perder a sua identidade, pretende oferecer melhores condições, melhores níveis de salubridade e um espaço mais apelativo e moderno.

Agora, quanto à comida.
Quer o caldo verde, quer as papas de serrabulho, eram escolhas possíveis. Originárias do Norte de Portugal, qualquer uma delas combina lindamente com as bifanas que se vão seguir. No meu caso, optei pelo caldo verde, porque embora seja muito difícil resistir a umas boas papas, tenho a sorte de as comer caseiras e muito raramente as como em restaurantes. E o caldo verde estava muito bom!


Quanto às bifanas, que são o prato que deu a fama ao restaurante, devo confessar que desta vez não estavam tão boas como de costume. Vou considerar que se deveu à enorme afluência. Devem ser dias raros, já que conheço pessoas que lá vão regularmente há quase 30 anos!
Deva-se referir que se não é muito tolerante a picante não vale a pena lá ir! É que não é mais ou menos picante, é assumida e orgulhosamente picante. Ainda para mais se a bifana for com "beijinho" no molho como a minha!


De sobremesa, uns rebuçados em massa filo e chocolate, acompanhados de uma bola de gelado.




Restaurante Conga | Rua do Bonjardim, 314 - 318
4440-452 Porto - Portugal

Etapa Ponte de Lima - Valença

Como já tinha referido aqui, apesar de termos iniciado o caminho em Tui, conhecemos em Porriño o André Bento, que havia iniciado o caminho em Ponte de Lima. Caminhamos juntos e juntos chegamos a Santiago de Compostela. E como mantivemos o contacto, o André teve a gentileza de partilhar o seu relato da etapa Ponte de Lima - Valença para que eu o pudesse partilhar, aqui no blogue.

Aqui fica o relato:

"Ao sair do albergue de Ponte de Lima encontra-se logo as setas amarelas do lado direito, que seguem por uma estradita até dar com caminhos rurais por entre campos e videiras.
Como o dia anterior tinha sido de chuva e o caminho era limitado por muros de pedra, o caminho deixou de ser caminho e passou a ser uma ribeira, molhando os pés todos com uma junção de água e lama, até começar uma estrada que guiava por dentro de uma cidadezinha, com uma pequena capelinha no centro.
Ao fim dessa cidade começa a maior parte do caminho de terra por entre pinheiros e eucaliptos até chegar ao albergue de S. Pedro de Rubiães que fica já a 20km de Ponte de Lima.
Durante esse caminho há que ter cuidado pois há um corte à direita muito íngreme que pode não ser visto e andar mais de 1km até perceber que se está na direcção errada, que foi o que me aconteceu.
Em direção a Rubiães encontra-se a Cruz dos Franceses e a placa nela colocada relembrando Michelle Kleist, peregrina australiana, com vários artefactos que os peregrinos que lá passam vão deixando, algumas cruzes, postes com indicações do caminho de Santiago, etc.
Em suma, é o caminho mais complicado de se fazer, na minha opinião, pois é muito íngreme e pode-se tornar complicado de se fazer se não for o primeiro dia de caminhada enquanto a pessoa se encontra “fresca”.
O caminho encontra-se repleto de setas amarelas e de cerca de 10 em 10 metros encontra-se uma seta amarela sendo assim difícil de se perder.
Para quem tiver como etapa final do dia Valença ainda tem mais 20km para percorrer, sendo os últimos 10km os mais complicados, não pelo caminho em si, mas devido a ser quase sempre em estrada e ao cansaço do caminho percorrido."

André Bento
Escoteiro de AEP 122 Mira-Sintra


Cruz dos Franceses
e a placa colocada em memória
 de Michelle Kleist, peregrina australiana.

Saiba mais sobre os albergues de Ponte de Lima e Valença.
Para ver mais sobre as restantes etapas, carregue aqui.


***Actualização:
Aproveito ainda para apelar a todos os peregrinos que cuidem e estimem o Caminho que é tão valioso para todos nós. De há uns tempos para cá, têm-se acumulado dezenas de objectos deixados pelos peregrinos, num gesto simbólico de homenagem, junto à cruz na Serra da Labruja. No entanto, falamos de objectos não degradáveis, tais como garrafas de água, roupa, chapéus, calçado, entre muitas outras coisas. Com isto, a Cruz dos franceses e a placa em memória da peregrina Michelle Kleist deixaram de ser o mais relevante, assemelhando-se o conjunto a uma lixeira a céu aberto. Não é sanitário, não é belo, não é o que o Caminho merece de nós, peregrinos. 
Dia 09 de Outubro de 2013 será feita uma limpeza por alguns peregrinos, que irão disponibilizar o seu tempo e trabalho ao serviço do caminho, para melhorar esta paisagem, actualmente desvirtuada pela passagem humana. A partir daí, esperemos que o bom senso evite que esta situação se repita.

Contribua para que este local se mantenha limpo, salubre e de acordo com a paisagem que o rodeia! Obrigada!




Agradecimento a Nuno Ribeiro, pela cedência das fotos

25 maio 2013

Receitas | Bolo húmido de coco

Bem, acho que para quem gosta tanto de comida como eu era praticamente inevitável não utilizar esta plataforma para partilhar duas das maiores experiências que podemos ter: cozinhar e comer!
E se já existem tantos blogues a partilhar receitas, agora que cozinhar está tão na moda, porque não dar também o meu contributo...

A primeira receita que vos trago tinha de ser de um bolo. Para além de ser impossível resistir-lhes, adoro fazê-los! 
Este bolo é de coco e distingue-se dos demais pela calda que lhe é aplicada no fim. Tanto é perfeito para um lanche de verão como para acompanhar um chá, numa noite fria de Inverno. E não podia ser mais fácil.

Tirei esta receita do site http://pt.petitchef.com/, mas por mais que procure não consigo encontrá-la.
Fica aqui a minha versão.


Ingredientes:
- 5 ovos
- 200g açúcar
- 250 de farinha autolevedante
- 6 colheres de sopa de leite
- 70g de margarina
- 50g de coco

Calda:
- 1 chávena de leite
- 3/4 chávena de açucar
- 1 colher de sopa de coco


Preparação:
Separe as gemas das claras. Bata as gemas com o açúcar, até obter um creme macio e esbranquiçado. Reserve. Bata as claras em castelo e junte ao preparado anterior, nesta fase prefiro envolver gentilmente com a colher de pau ou o salazar. Agora sim, comece a bater à medida que vai adicionando a margarina, a farinha, o leite e o coco.

Relativamente à forma utilizada, já o fiz de duas maneiras: em forma quadrada em que no fim corto em pequenos pedaços de tamanho idêntico, tal como na foto. Para servir numa festa é muito prático mas tem a desvantagem de secar mais rápido; ou então faço na típica forma de pão-de-ló que é muito mais apropriada quando faço o bolo de véspera para se comer no dia seguinte.

Seja qual for a escolhida, unte a forma com margarina e farinha, verta a massa e leve ao forno a 180º.
Em forma quadrada, leva 15 min. com papel de alumínio e mais alguns para alourar.
Em forma de pão-de-ló, leva 25 min. com papel de alumínio e mais alguns para alourar.
Mas os fornos variam muito. Por isso aconselho a ir fazendo o teste do palito e não deixar o bolo secar muito. Mas se acontecer não desespere, a calda vai humedecê-lo bastante.

Após tirar o bolo do forno, mantenha-o na forma e comece a fazer a calda. Basta levar os ingredientes num tachinho ao lume e deixar levantar fervura. 
Ainda com o bolo na forma,  faça uma série de furos com um palito para a calda penetrar melhor no bolo, com uma faca descole da forma os lados e o centro do bolo e depois verta a calda. Logo que veja que a calda foi devidamente absorvida, pode desenformar. Decore o bolo polvilhando com mais coco ralado.
Bom apetite!





23 maio 2013

Filmes | 1º Trimestre 2013

Estreias | Janeiro

Decisão de Risco (Flight) | 7.5/10
Denzel Washington está intimamente ligado ao género cinematográfico da apologia ao herói improvável. E neste filme não se afasta completamente das suas típicas personagens. A diferença é que este herói tem um carácter mais falível que o costume. O filme levanta questões muito pertinentes mas não desaparecem por completo as façanhas e os efeitos especiais.  

Guia para um final Feliz (Silver Linings Playbook) | 8/10
É um bom filme muito embora não corresponda às expectativas criadas pela crítica. Aliás, por muito que simpatize com a Jennifer Lawrence, este papel merecia, se tanto, apenas a nomeação ao óscar de melhor actriz.

00:30 Hora Negra (Zero Dark Thirty) | 8/10
Este é um filme que tem de ser avaliado para além da perspectiva do entretenimento. A carga política que ele carrega, aliada à importância de ser uma agente a descobrir o paradeiro do homem mais procurado do planeta, fomenta opiniões diversas. A realidade é que é muito mais ficcional do que o esperado. Apesar de certos momentos do enredo parecerem afastar-se da política americana, não deixa de se revelar propagandista. Vale pela interpretação de Jessica Chastain e a fotografia, que me agrada pessoalmente.

Django Libertado (Django Unchained) | 9/10 
Os universos de Quentin Tarantino são sempre fantásticos. E com um elenco destes era quase impossível o filme não ser tão bom quanto é! A única coisa que não percebo é como o Dr. King Schultz é considerado uma personagem secundária, quando este domina grande parte das cenas. 

O impossível (Lo imposible) | 8.5/10 
Este filme é baseado na história verídica de uma família durante um evento que afectou milhões de pessoas: o sismo e tsunami do Oceano Índico de 2004. Dentro das limitações do género, este filme é muito bom! Porque a ideia é mesmo pôr-nos a sofrer por aquelas pessoas, levar-nos ao desespero e mostrar-nos que uma tragédia não é feita de números! As interpretações de Naomi Watts e Tom Holland fizeram-me soluçar de tanto choro!
Naomi Watts e Tom Holland,chevrolet equinox
Naomi Watts e Tom Holland,chevrolet equinox
Naomi Watts e Tom Holland,chevrolet equinox

Hansel e Gretel: Caçadores de Bruxas (Hansel e Gretel: Witch Hunters) | 5/10 
Alguém me explica porque é que Jeremy Renner se prestou a isto? Poderia ser uma comédia.
Hansel e Gretel são caçadores de bruxas com uma mistura de agentes de FBI.
O cenário medieval com referências modernas resultou em "A Knight's Tale" porque foi bem feito e era novidade. Aqui torna o filme ridículo.

Lincoln | 8.5/10 
Para quem gosta de filmes biográficos e adora cenas carregadas de tensão é perfeito! Grande interpretação de Daniel Day-Lewis, mas para meu desespero Sally Field (AKA Regina Duarte americana) tem este péssimo hábito de exagerar as suas interpretações. Mesmo conhecendo os contornos da história de Mary Todd Lincoln pedíamos uma primeira-dama menos caricaturada.




Estreias | Fevereiro

Sangue Quente (Warm bodies) | 5/10
O enredo, no contexto certo, poderia dar um filme interessante. Mas nunca numa comédia romântica! 
Bem, se não tiver mais nada para fazer...

Aguenta-te aos 40 (This is 40)4/10
Se os 40 fossem tão dolorosos quanto ver este filme, então poucos seriam os que aguentariam! Leslie Mann conseguiu definir um novo padrão para irritante!

Cidade Dividida (Broken city) | 6/10
Mark Wahlberg tem aquela capacidade incrível de nivelar por baixo todos os filmes em que participa. O filme é razoável. Igual a tantos outros. 

Força Anti-Crime (The Gangster Squad) | 7.5/10
Todo e qualquer filme que junte Ryan Gosling e Emma Stone deve ser visto. Tenho dito!





Estreias | Março

Efeitos Secundários (Side Effects) | 7/10
O enredo é bom, o elenco também mas o filme é tão somente razoável! Algumas escolhas menos conseguidas durante o filme e um final mesmo pobrezinho, com aquela última cena tão previsível!


22 maio 2013

Música - The Source ft Candi Station | You've Got the Love

Desde o início do mês que a FOX Life tem transmitido, em episódio duplo, uma das mais amadas séries de televisão - O Sexo e a Cidade.
Eu tenho consumido compulsiva e avidamente cada episódio. De tal forma que acabei por rever o final da série... por momentos, já não sabia se odiava o Mr. Big o suficiente ou se, no final, ele se redimira apropriadamente. Anyway...


Do episódio ficou-me na cabeça a frase fantástica da Carrie... 
I'm looking for love. Real love. Ridiculous, inconvenient, consuming, can't-live-without-each-other love.
E a magnífica música que, erradamente, pensava pertencer originalmente a Florence and The Machine. Na verdade You've Got the Love é uma música de The Source ft Candi Station, que vale a pena ouvir na versão Now Voyager Mix. 


Evento 4000 Ateliers

O Evento 4000 Ateliers | Edição 2013 é já este Sábado, dia 25 de Maio.
Para que saiba exactamente que gabinetes visitar e planear o seu percurso, a organização já disponibilizou o mapa com a devida informação. 

Mapa do evento | 2ª Edição

Um dos gabinetes abertos ao público 
ADOFF.ZURCATNAS
Praça Guilherme Gomes Fernandes
Nº 58 | 2º Frente | 4050-294 Porto

Saiba mais em http://4000ateliers.blogspot.pt/.

12 maio 2013

Restaurantes Aveiro - Pizzarte

De há uns tempos para cá, quando me apetece pizza, opto por fazê-las tão caseiras quanto me é possível! Sim, porque no que toca a fazer pizza, é impossível não ter um ou outro ingrediente que salta directamente da embalagem para a base, sem qualquer intervenção da minha parte.
A massa faço mesmo questão de a fazer porque, para além de mais saudável, é bem mais fina e estaladiça do que as que costumamos encontrar à venda!

Mas existe um sítio, em Aveiro, que eleva as pizzas a um outro nível com o qual eu não consigo competir, pelo que não consigo deixar de lá passar, de tempos a tempos, para saciar o apetite - o restaurante Pizzarte.

O sítio costuma estar à pinha, pelo que aconselho a dirigirem-se ao bar, pedirem uma bebida de aperitivo e adiantarem o pedido do pão de alho que, seja comido no bar ou quando se sentarem na mesa, não vão deixar de querer provar!



A seguir, têm muito por onde optar: desde pizzas, massas, lasanha... Mas não se esqueçam de guardar espaço para a sobremesa, porque vale mesmo a pena! Os famosos ovos moles e fios de ovos, típicos da cidade de Aveiro, vão fazer um brilharete a acompanhar os crepes.
Para acompanhar a comida, aconselho mesmo, mas mesmo, a champanhada, que é uma delícia!
E o melhor desta casa, para além de um espaço muito bem pensado e executado, é mesmo o preço!
Por isso, da próxima vez que forem a Aveiro, não deixem de experimentar.





Restaurante Pizzarte | R. Engº Von Haffe, 27, Aveiro
telf. +351 234 427 103

10 maio 2013

Teatro - Os Reis da Comédia | Sá da Bandeira

Já passou mais de uma semana desde que tive a oportunidade de, a convite de um grande amigo meu, assistir à antestreia da peça "Os Reis da Comédia", no teatro Sá da Bandeira.
Devo de confessar que já não ia ao teatro há demasiado tempo. Por isso, foi com agrado que assisti a esta peça onde José Pedro Gomes é a estrela maior.


A temática não é original: as dificuldades que a velhice comporta acrescidas de um mau-feitio que se agrava com a idade e a necessidade das pessoas se aproximarem quando estão próximas do fim. 
O cenário também não é brilhante, ainda para mais num teatro que se encontra tão degradado como o Sá da Bandeira. 
Ainda assim gostei muito da peça. Valeu pela excelente representação de José Pedro Gomes, onde o restante elenco não lhe fica a dever muito, com destaque para o sempre distinto Rui Mendes. As piadas são leves mas não deixam de ter alguma profundidade dramática. O tema assim o exige.
Até 12 de Maio, têm uma boa escolha para passar o vosso serão.

Autoria: Neil Simon
Actor(es): José Pedro Gomes, Rui Mendes, Jorge Mourato, Carla de Sá, Diogo Leite, Rui de Sá

Teatro Sá da Bandeira
2 a 12 Maio
6ªs e sábados | 21h30
Domingos | 16h
Preços: Entre 10€ e 20€
 

Caminho português começa em Lisboa

Como sabemos, todos os Caminhos vão dar a... Bem, neste caso, a Santiago de Compostela.  
Mas nem todos tinham o seu início definido. Era o caso do caminho português; até agora.
Segundo o Diário de Pontevedra, de 8 de Maio, a partir do Verão esta situação vai alterar-se. À semelhança do Caminho francês, que tinha na Real Colegiata de Santa María de Roncesvalles o seu início oficial e onde era dada a bênção aos peregrinos, o Caminho português vai ter, a partir de agora, o seu início oficial na Igreja de Santiago em Lisboa, onde também serão abençoados os que assim pretenderem. A igreja vai ter ainda um balcão de apoio aos peregrinos.
Portanto, o caminho conta agora com 600 km, distância entre a Igreja em questão e a catedral de Santiago de Compostela. Um caminho que está a ganhar mais adeptos, inclusive de outras nacionalidades. 
Este ano, aquando da minha estada no albergue de Pontevedra, tive oportunidade de trocar impressões com Tino Lores, presidente da associação Amigos do camiño português que, já na altura, mencionou o aumento de peregrinos no caminho português. 
Em declarações ao Diário de Pontevedra, Tino Lores coloca a hipótese de ter sido demasiado cauteloso no seu prognóstico de que 30.000 peregrinos passarão este ano pela cidade de Pontevedra. 

Estes números levantam outras questões: 
Estaremos perante um género de turismo religioso? Não terão sido, as peregrinações, a primeira forma de turismo que existiu? Dada a conjectura económica actual do país, não deveríamos olhar para o caminho português a Santiago de Compostela como uma forma de dinamizar certos aglomerados?

É um assunto a discutir num outro post.

09 maio 2013

Evento 4000 Ateliers




Não percam a próxima edição do evento 4000 Ateliers | 2013.
Este evento, com base no conceito "Open House", pretende abrir ao público em geral os ateliers de arquitectura com o código-postal 4000! 
Por isso, prepare-se para um passeio pela baixa do Porto e a possibilidade de visitar alguns dos mais notáveis edifícios da cidade.


 
Um dos gabinetes abertos ao público 
ADOFF.ZURCATNAS
Praça Guilherme Gomes Fernandes
Nº 58 | 2º Frente | 4050-294 Porto



Mapas por Etapas | GPS

Muito embora a monitorização das etapas não faça justiça aos elementos do grupo com uma excelente preparação física, decidi colocá-las aqui. Sim, fomos nós, as meninas, que vos atrasamos! ;)
Acho os mapas interessantes por definirem com mais rigor o ritmo do grupo, por se perceber que na etapa Caldas de Reis - Pádron andamos mesmo muito distraídos e por apresentar o tempo que efectivamente caminhamos, sem contabilizar as pausas (as maiores pelo menos).

Apesar disso, não me baseei nestes mapas para definir as distâncias no post Percurso Tui - Santiago de Compostela
Os valores diferem ligeiramente dos normalmente apresentados e prefiro salvaguardar a hipótese de termos demorado a contabilizar o percurso após alguma pausa, o que justificaria a diferença.
Ainda assim os valores estão muito próximos da realidade o que nos permite retirar algumas conclusões.


1ª Etapa | Tui - Porriño | 18 km
(distância real aproximada)


Distância no mapa: 15,44 Km
Duração: 04:09:25
Ritmo: 16:09 min/km















2ª Etapa | Porriño - Redondela | 18 km
(distância real aproximada)

Distância no mapa: 15,00 Km
Duração: 04:06:02
Ritmo: 16:24 min/km
















3ª Etapa | Redondela - Pontevedra | 18 km
(distância real aproximada)

Distância no mapa: 16,85 Km
Duração: 04:38:39
Ritmo: 16:32 min/km
















4ª Etapa | Pontevedra - Caldas de Reis | 23 km 
 (distância real aproximada)

Distância no mapa: 23,06 Km
Duração: 06:11:59
Ritmo: 16:07 min/km
















5ª Etapa | Caldas de Reis - Pádron | 16 km
(distância real aproximada)

Distância no mapa: 16,86 Km
Duração: 06:14:42
Ritmo: 22:13 min/km
















6ª Etapa | Pádron - Santiago de Compostela | 24 km
(distância real aproximada)

Distância no mapa: 24,51 Km
Duração: 06:55:15
Ritmo: 16:56 min/km














08 maio 2013

Em Santiago de Compostela

A cidade de Santiago de Compostela não é nada menos que mística, envolvente e apaixonante.
A chuva que cai, por vezes incessantemente, só lhe confere ainda mais encanto e não afasta, nem peregrinos, nem turistas que se encantam com as suas ruas medievais e a sua imponente Catedral. Para mim foi o coroar perfeito de uma jornada incrível.


A Catedral de Santiago, de planta românica, em cruz latina, foi construída entre os anos de 1075 e 1128, com o propósito de albergar os restos do apóstolo Santiago Maior. Este havia sido tornado mártir no ano 44 d.C., em Jerusalém, após um período de evangelização na península ibérica.
Segundo a lenda, o seu corpo teria sido transportado de volta para a Galiza e sepultado no lugar de Compostela. Em 814 um eremita descobriu um túmulo que imediatamente foi associado a Santiago e sobre o qual seria erguida a Catedral. 


Mas Santiago também se soube modernizar e possui obras contemporâneas de grande relevância arquitectónica, nomeadamente o Centro Galego de Arte Contemporânea, do arquitecto Siza Vieira, e a Cidade da Cultura da Galiza, do arquitecto Peter Eisenman.

Centro Galego de Arte Contemporânea

Centro Galego de Arte Contemporânea

Quando chegamos no dia anterior, depois das fotos e da visita à Catedral, dirigimo-nos à Oficina do Peregrino para levantarmos a nossa Compostela. Devo confessar que não teve muito significado para mim; a pessoa que me atendeu preencheu aquilo em 2 segundos e mal. A Credencial sim, é uma lembrança constante de cada lugar que conheci. A Compostela muito provavelmente vai ficar guardada, atirada de gaveta em gaveta, até ao dia em que se vai perder na confusão de um sotão.
Como não tínhamos muita informação, quer sobre albergues, quer sobre os comboios/autocarros, dirigimo-nos desta vez até à Oficina Central de Información Turística Municipal onde nos prestaram toda a informação solicitada.
Em Santiago de Compostela acabamos por não ficar em nenhum albergue oficial porque já não tínhamos pernas para andar muito e porque queríamos ficar perto do Centro. Recomendaram-nos os hostels O Fogar de Teodomiro e Roots&Boots, que passei a conhecer e recomendo. São da mesma tipologia dos albergues, com acomodação em camarata mas oferecem melhores condições nos mesmo serviços: possuíam Internet,  lençóis de algodão e toalha de banho, serviço de lavandaria, cozinha, entre outras coisas, para além de uma excelente localização junto à Catedral. O preço era de 12€ por pessoa a esta data.
O único inconveniente: não são frequentados apenas por peregrinos, ou seja, arrisca ficar no quarto com alguém que não partilha do seu nível de cansaço,o seu credo ou não respeita os seus ideias. Fica a ressalva.

Oficina do Peregrino  - Junto à Praza das Praterías, por trás da Catedral, logo no início da Rua do Vilar.

Oficina Central de Información Turística Municipal - Continue pela Rua do Vilar, em direcção à Praza do Toural, praticamente no final da rua.

O Fogar de Teodomiro - (+34 699 631 592) www.fogarteodomiro.com
Roots&Boots - (+34 699 631 594) www.rootsandboots.com
   
Começamos o dia num dos muitos agradáveis cafés que existem na cidade, para um merecido pequeno-almoço. De seguida fomos visitar o Centro Galego de Arte Contemporânea que para nossa exasperação estava fechado à segunda-feira. Seguimos então, mais cedo que o previsto, para a missa do Peregrino, para cumprir todos os rituais, sendo o mais conhecido de todos o abraço a Santiago. Confesso que fui lá duas vezes porque o primeiro tinha sido tímido. Achei que depois de quase 120 km tinha direito a um abraço apropriado.
A chuva caía ininterruptamente pelo que, depois do almoço, não deu para visitar mais nenhum local. Acabamos por nos limitar a comprar as lembranças antes de sairmos em direcção à estação, para apanhar comboio até Vigo. Aí sim, em Vigo, apanhamos o comboio que nos traria a casa.




07 maio 2013

Os diferentes Caminhos até Santiago de Compostela

Depois de ter feito o Caminho Português a partir de Tui, só consigo pensar no próximo que vou fazer. Pode ser daqui a um ano ou daqui a muitos. Pode ser novamente o Caminho Português ou outro qualquer.
Mas tenho quase a certeza que é um sentimento generalizado: quando acaba deixa umas saudades imensas e muita vontade de repetir.

Para todos aqueles que gostariam de o fazer e chegar novamente a Compostela, deixo aqui um mapa com os diferentes Caminhos.

Mapa retirado do folheto "Caminho Português" pela Xunta de Galícia


Mapa retirado do folheto "Caminho Inglês" pela Xunta de Galícia

06 maio 2013

Etapa Pádron - Santiago de Compostela

| 24 Km |

Este dia não poderia ter começado de forma mais animada.
Descemos a rua com pendente que dá acesso ao albergue de Pádron e entramos no D'Camino, para alguns de nós tomarem um café. Depois de tirarmos a fotografia da praxe, lá seguimos caminho para o que seria a última etapa desta jornada fantástica. 
Mas logo após contornarmos a Igreja de S. Tiago, somos chamados por um senhor de nome Pepe, que nos pergunta, entusiasticamente diga-se de passagem, se somos portugueses. Mal deu tempo para confirmarmos, pois sem darmos por isso o Pepe já nos apresentava o seu café e todas as recordações que tinha do nosso país e de quem por lá passava. O Pepe gostava tanto de portugueses, que achei que nos ía arrancar um beijo a todos! 
Aqui fica a foto, do grupo no bar, mas onde infelizmente não aparece o Pepe! 


Após este animado começo de dia, lá continuamos o percurso que nos levaria a Santiago de Compostela. 
Imagino que o dia de hoje seja, para a maioria das pessoas, ofuscado pela chegada à Catedral. Porque se é verdade que o importante é o caminho, é quase impossível a emoção deste dia não nos toldar os sentidos e a ânsia de chegarmos tomar conta de nós.
Esta etapa  também não tem a beleza de outras, pois andamos, mais do que até aqui, pela nossa velha conhecida N550. E quando não estamos fisicamente na estrada, não deixamos de a ver.
Neste percurso também voltamos a ter uma passagem de nível sem guarda.
De referir o Santuário de A Escravitude, com a sua escadaria e torres de estranhas proporções.
A partir daí continuamos na estrada nacional mas começamos a subir. Entre terra batida e alcatrão, subidas e descidas vamos aproximar-nos de Santiago, ao ponto de o ver e não acreditar no que ainda nos falta. E a verdade é que aquela última subida até à cidade, nos vai fazer valorizar ainda mais a chegada à Catedral.


O dia começou animado e solarengo

Santuário de A Escravitude

Entre zonas planas, subidas e descidas se chega a Santiago

Santiago parece ainda muito longe

No momento em que começamos a ver a Catedral, ao fundo da rua, é incrível e sentimos mesmo a garganta a apertar. Era Domingo de Ramos e as ruas de Santiago fervilhavam. Chegamos ao final da tarde, por entre diálogos em português. Logo após a nossa chegada, e as fotografias já tiradas, começou a chover. Foi hora de entrarmos na Catedral e agradecer a viagem sem incidentes. Logo a seguir fomos buscar as nossas Compostelas à Oficina do Peregrino. E apesar de não ter sido a devoção que me fez partir para Santiago, a missa do Peregrino no dia seguinte foi um momento que muito estimei, ao lado de alguns dos companheiros de jornada, com quem fomos trocando sorrisos cúmplices.


O fim da Jornada!
O início de muitas outras que havemos de fazer.

Para ver o mapa da etapa e os dados GPS, clique aqui
     

**Actualização:
Porque o valor dos blogues reside na interacção entre quem escreve e quem lê, tive a sorte do Rui Abreu ler o que escrevi sobre esta etapa após o qual me enviou, generosamente, uma foto do Pepe para eu poder publicar, bem como um artigo sobre ele em La Voz de Santiago.
Afinal o nome de Pepe é, na verdade, José Manuel Sil, mas ficará para sempre Pepe até porque assim prefere ser chamado à semelhança do seu estabelecimento Don Pepe II. Aqui fica a foto!

O animadíssimo Pepe com o filhote do Rui Abreu.
Obrigada Rui!
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